quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O figurante do tempo


Sou eu quem dito as horas
E decreto as estações do ano
Sou eu que faço o tempo
E determino o frio e o calor

Estou na vitrine, no pulso, na
Parede e nas catedrais
Posso ser pequeno, grosso,
Rosa e até lilás

Para muitos sou importante
Para outros insignificante
Mas não deixo de ser figurante

Figurante da sua vida, e de
Cada situação que por você
É vivida

Encontro-me na casa do pobre
E na casa do rico, posso ou não
Fazer seu tipo

Sou um ser comum como os outros
Porém, tenho uma missão muito
Especial, sou eu que desperto você
Para levantar e pegar o jornal

Você acorda e a primeira coisa
Na qual você olha é pra mim
Sou eu que lhe digo se é hora
De começo ou de fim

E aqui estou perdido no decorrer
Do tempo, envolvido no som do “Tic-tac”
Mas, ainda dá tempo, pegue a passagem
E vamos juntos nesse embarque

Se já passou, ou se então virá, só eu
Eu posso dar as coordenadas para
Isso logo chegar

Meus ponteiros marcam exatamente
A meia-noite, isso quer dizer que um
Novo dia virá, todavia, ela só nascerá
Conforme eu desejar

Joyce Marins







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