Na poesia encontro a arte do viver, a arte do prazer. Em curtos e singelos versos eu encontro a minha paz. (Joyce Marins)
sexta-feira, 14 de dezembro de 2018
Brisa ou ventania
Ar que bagunça meus cabelos
Ar que enche meus pulmões
Ar que envolve meus sonhos
Ar que me cobra inspirações
Há que ter a textura
Há que ter a beleza
Há que ter a loucura
Há que ter a firmeza
Seja ela a de Lina
Seja ela a de Oscar
Ela é sempre a mais bela
Eu a vejo em todo lugar
Joyce Marins
[Uma expressão do meu amor e apreço pela Arquitetura e Urbanismo]
domingo, 2 de dezembro de 2018
Sonho de infância
Bom mesmo é ser criança
Onde se ganha de herança o direito de brincar
Quisera eu ser brincadeira
Quisera eu ser brincadeira
Pra toda segunda-feira você de mim brincar
Joyce Marins |A glória dos dias que virão
sábado, 1 de dezembro de 2018
Ressaca
Teu abraço em outros corpos
Tua voz em outros sussurros
Não me louvo por isso
Mas sigo assim
Porque se eu parar serei arrastada
Por um mar de lembranças
E sei que se ele me levar não voltarei
Serei engolida pelas águas da saudade tua
E por isso eu tenho seguido
Joyce Marins |A evolução dos fatos
quarta-feira, 22 de agosto de 2018
Notícia tua
Soube que por onde anda tem sempre uma gota de orvalho que faz lembrar de mim.
Sei que as madrugadas são frias e infindas e tem sempre um lençol que faz lembrar meu calor.
Soube que não importa o que faça minha voz vai aos teus ouvidos e te faz lembrar dos sussuros.
Sei que meu fantasma te assombra durante os dias sombrios.
Mas a agonia acabou, tô voltando pra casa, me espera na cama e prepara nosso banho, vamos lavar a alma e o coração.
Joyce Marins
Sabor do passado
Eu li as cartas
Ouvi canções só nossas
E lembrei do quão do era doce o seu amor
E como me preencheu
E é assim que quero guardar as lembranças de nós dois
Num lugar, naquele lugar
Lugar que foi só nosso
Onde fomos um do outro
A pequena e o príncipe
Joyce Marins
terça-feira, 31 de julho de 2018
Azar no jogo
Com sorte ainda te encontro
Com sorte ainda te acho
Com sorte ainda me encaixo
Contigo eu fico e pronto
Com sorte ainda te acerto
Com sorte ainda te levo
Com sorte ainda te quero
Comigo esteja perto
Se a sorte me alcançar
Se a sorte me bendizer
Eu mudo o meu caminho e ando só com você
Joyce Marins
terça-feira, 3 de julho de 2018
Diga
De quem eram as mãos que afagavam com carinho meu rosto?
De quem eram os lábios que alimentaram com ardor meu desejo?
De quem eram os olhos que sondavam com pressa os meus?
Eram tuas as mãos, os lábios, os olhos
Era nosso o desejo, o gosto, o sabor
Era meu, era teu, era nosso o calor
E serão ainda mais
Serão cada vez mais
Serão sempre mais
De quem é a esperança?
Joyce Marins |A fortaleza do sentir
Des abafo
Desfaço-me dos disfarces que durante anos cobriram minha face
Revelo-me feita de inseguranças e incertezas
Desço do meu trono de rainha do gelo
sabendo que você sempre o colocou a prova
E que muitas vezes o fez derreter com seu calor infernal
E que muitas vezes me levou aos céus onde eu deveria ter fincado
minhas raízes, meus pés
Descubro-me do véu de inocência que encobertou meu desejo
Mostro-me ainda mais humana e feita de carne
Só pra confirmar que mesmo não sendo tua agora, hoje sou melhor do que já me fizeste
Joyce Marins |A evolução dos fatos
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018
Somos casa
Casa onde todas as dores se dissolvem
Afago que realinha os sentimentos
Esconderijo dos que procuram calor
Às vezes apertado, às vezes apressado
Mas sempre um vislumbre do amor
É lá onde os segredos se guardam
Onde as carícias se eternizam
Forma de compactar as emoções
Cuidado dos que zelam com carinho
Ato que embeleza o caminho
Dos que na vida nada tiveram
O ser todo completo
E o corpo todo repleto
Da graça em te ter
No teu poderoso abraço
Joyce Marins
domingo, 18 de fevereiro de 2018
Castigo
Por que, anjo?
Por que apareceste assim?
Quando já não tenho espaço em mim
Quando já não sou eu mais quem mando
Poderia eu pedir que tu partisse?
Que fosses para longe
Onde, de mim, a dor se esconde
Onde o caminho a dois já não existisse
Sofro em saber que me tens sem me ter
Que te pertenço sem me pertencer
Sofro porque sabes quem sou
E sabes até do que não sei
Ó, anjo
É triste o ocaso sem tua presença
Mas sou fraca demais para ter a crença
De que um dia te amarei como mereces
Joyce Marins
quarta-feira, 10 de janeiro de 2018
Passione della vita
Erga-se diante de mim com teu amor
Faça-me ser completa
Inunde meus dias com teu canto
Preencha minhas noites com teu olhar
Eternize-me em teus braços para que eu seja tua em todo instante
Invada o mais remoto dos meus sonhos
Caia sobre mim o teu ardor, a tua paixão
Levante sobre ti minha entrega, o meu querer
Arda a chama vermelha-viva
E aqueça então nossas vidas
Que eram antes escravas do frio e do desalento
Mas que agora queimam em brasas que nos marcarão até o fim dos tempos
Joyce Marins
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