Na poesia encontro a arte do viver, a arte do prazer. Em curtos e singelos versos eu encontro a minha paz. (Joyce Marins)
quinta-feira, 21 de dezembro de 2017
Vazia
A cama vazia é um lembrete amargo
E os lençóis intactos exalam as lembranças
A madeira que outrora assobiava
Hoje soa muda
Carente de corpos e trepidações
E o que foi abrigo de dois corações
Assume agora refúgio de um solitário
Que repousa na ilusão de encontrar conforto
Mas adormece apenas para afugentar o rio de memórias fluido que transcorre vívido e veloz
A esperança traiçoeira é a vigia da noite
Segura de que o amanhã trará sossego
E de que a cama já não estará vazia
Joyce Marins
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