quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Vazia



A cama vazia é um lembrete amargo
E os lençóis intactos exalam as lembranças
A madeira que outrora assobiava 
Hoje soa muda 
Carente de corpos e trepidações
E o que foi abrigo de dois corações
Assume agora refúgio de um solitário
Que repousa na ilusão de encontrar conforto
Mas adormece apenas para afugentar o rio de memórias fluido que transcorre vívido e veloz
A esperança traiçoeira é a vigia da noite 
Segura de que o amanhã trará sossego
E de que a cama já não estará vazia


Joyce Marins

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