terça-feira, 2 de outubro de 2012

Gesto








Como explicar a agonia que me percorre as veias
Quando encontro o teu olhar
E percebo-me presa em tuas teias?

Como aguentar tua lúcida voz?
É como voar sozinha
Mas não ser tão veloz

Sozinha, mexida, agoniada...
Fazes tudo,
e não fazes nada

Tua alma é como uma sombra sem dono
Teu semblante é inseguro
O teu sorriso reluz abandono

Deixe que eu e o tempo te acolhamos
Faça o curso da vida fluir
Gesto seguido por teus planos


Joyce Marins