domingo, 26 de dezembro de 2010

Indo


Fico triste porque vou deixar seu nome na agenda

Vou, mas irei porque você quis assim

Irei, e vou levar teu cheiro de jasmim


Estranho pensar na minha ida

Demorei tanto pra chegar aqui, em teu território

Estou indo, e saiba que é para o purgatório


Pagar pelos meus erros que cometi por você

Na rua da amargura, todavia tente entender


Sonhos, balanços e trovões, (Zeus veio me buscar)

Se eu pudesse com você iria ficar

Mas tu já sabes, que estou indo


Pagar pelos meus erros que cometi por você

Na rua da amargura, todavia não pare de entender


Joyce Marins

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Cavalheiro


Cavalgo em teu campo minado

Digito teu nome em meu olhar

Grafito teu rosto nos pés


Saibas que agora meu pensamento não é meu

Saibas que agora nada é certo

E que tudo se perdeu


Ande por minhas ruas vazias

Me convide para tomar bom vinho e dançar

Ainda me deves uma dança, cavalheiro


Corro desiludida nos teus olhares

Tento encontrar verdades

Tais essas que possam me agradar


Seu planeta se alinha ao meu

Minha consciência afundou, se perdeu

Não consigo me lembrar de mais nada


Você, você que me vem com olhares arredios

Que me intriga com meus próprios pensamentos

Você que não tem nome, endereço, só tem o meu amor


Joyce Marins

À mim


Se fugi da minha própria verdade

Não foi por medo

E sim por sinceridade


Não me comprometi com meu próprio eu

Por lindas besteiras


Se enganei sua desconfiança

Não foi por receio

Mas por insegurança


Não me magoei ao ponto de te abandonar

Por meras dificuldades


Se causei toda essa euforia à mim

Não foi por brincadeira

Mas pra nisso por um fim


Não voltei aqui por crianças tolas

Voltei porque aqui amigos deixei e é aqui que com eles ficarei


Joyce Marins