quarta-feira, 24 de março de 2010

Coração e Sol


Aguardo o entardecer do dia
Espero o nascer da cria
Almejo o romper da tarde
E peço que me aguarde

Pra avistar um lindo pôr do Sol
E pescar a vida sem anzol
Ter você aqui bem perto
Te receber de coração aberto

Aceita-me
Como te aceitei
Ama- me
Como te amei

Coração sereno
Coração pequeno
Coração todo teu

Joyce Marins

Soneto do laço encantado


Dá a mim o que desejas
Dá a mim o que me pertence
Você engana a todos, mas não me convence
Vai atrás do que almejas

O vento que passa e me toca
Lembra teus dedos mansos
Já não resisto aos teus encantos
Quero livrar-me do que me sufoca

Nessa noite vazia e calma
Quero esquecer o ontem
E penetrar tua alma

Preciso ainda do teu cuidado
Pra permanecer intacta
O teu laço tá em mim, encantado

Joyce Marins

segunda-feira, 22 de março de 2010

Soneto do vazio


Refugio-me no teu breve olhar
Envolvo meu corpo no teu abraço
Esqueço o agora, perco o cansaço
E hoje quero apenas te amar

Sinto-me segura no teu pensamento
Acalmo minh’alma que chora
Deixo a tristeza do lado de fora
Encontro cura no teu abraço forte e lento

Sem o teu carinho me sinto vazia
Porque com você por perto é fácil caminhar
Quero você e o amor que tanto dizia

Pra na minha vida nada mais faltar
Mas tudo permanece vazio
Quero você por perto quando eu retornar


Joyce Marins

Isabella


Isa bella morena


Isa bella pequena


Fonte de inspiração


Desse breve poema




Joyce Marins



Obs: Prima e companheira, amiga e protetora. Isabella prima amada.

sábado, 6 de março de 2010

Finde tarde




Uma tarde
Incompleta
Encoberta
Incomparável

Como pode um corpo querer
Você
Você
E você

Cheiro
Cheio
De
Chuva

Um vento veio
Veloz
Vago
Vento

Como pode uma canção
Cantada
Cravada
Cremada
Sobreviver no meu peito?


Finda tarde
Finde tudo
Findo amor

Acabe a tarde
Acabe tudo
Acabe o amor

Joyce Marins

Se as palavras sentido tivessem


As palavras, as palavras são seres-vivos
Que derrubam e levantam
Que machuca e reanima
As palavras são apenas palavras

Apenas não quer dizer somente
Mas sim, que a palavra por tão simples
É indispensável por todos

Ah! Se as palavras sentido tivessem
Você não entenderia o que digo
Porque o que digo são apenas palavras
E palavras sem sentido

Você não sabe o que significa o que digo
Mas, eu sei [que alegria
E por tanto isso basta

Se as palavras sentido tivessem
Eu não existiria!

Joyce Marins

Soneto da volta dos esquecidos


Revestindo meu corpo com uma forte armadura
Vou à luta, conquistar o mundo
Conhecendo meus inimigos a fundo
Levando no peito vingança de baixo da noite escura

Vou com meu exercito enfrentar o inimigo
Levando armas e munições
Aprendendo grandes lições
E arrastando meus leves pensamentos comigo

Galopando no meu cavalo vou eu
Por um pedaço de chão
E o mundo inteiro já me esqueceu

Gostaria que todo esse sonho fosse verdade
Mas sou apenas uma pessoa comum
Vivenciando sua bela e triste realidade

Joyce Marins

Soneto da Reconstrução



Explica por que as coisas não são como as de antes?
Por que insistimos em procurar as pessoas que foram embora?
Sei que é difícil responder,mas preciso da resposta agora
Por que os momentos não são constantes?

Quero tanto mergulhar em fortes abraços
Saciar essa vontade que me mata
E a dor que, o meu peito, massacra
Preciso refazer os legítimos e antigos laços

O vazio na minha mente a cada dia fica maior
E minhas tardes mais quietas que a de outrora
Isso por que preciso de amor verdadeiro ao meu redor

Se algo queres fazer por mim
Me alegras
E tira-me desse vazio sem fim

Joyce Marins

segunda-feira, 1 de março de 2010

Uma estação de trem


Eu corro pulo o muro
Abro a porta, vou atrás
Do trem, vou feito uma refém

Abro a porta do silêncio
Fecho os olhos para o mundo
Entro em sono profundo

Agora eu corro, mais tarde
Eu corro, preciso ir atrás do trem
Ta lá atrás do morro o meu amor e mais ninguém

Eu só quero que você saiba que estou aqui
Se precisar de mim vem e acaba com isso que
Me mata, e dá um fim pra um recomeço
Melhor que o de antes

Você verá
Que é tão fácil enxergar
As coisas com os olhos de quem sabe amar
De quem sabe amar
De quem sabe amar
De quem sabe amar

Joyce Marins